Teoria da Evolução em risco: são descobertos animais terrestres com 333 milhões de anos
Uma equipe de pesquisadores do Museu de Queensland, na Austrália, chegou a uma conclusão surpreendente e de consequências científicas inesperadas. Ao analisar os restos fósseis da fêmea de um tetrápode Ossinodus pueri, eles constataram que o animal havia sofrido uma fratura que só poderia ser causada por uma forte queda no solo. O fato não seria inusitado se a datação dos restos não indicasse que eles possuem 333 milhões de anos de idade. Ou seja, o animal teria vivido antes dos primeiros tetrápodes saírem da água para habitar na terra, segundo afirmam todas as teorias sobre a evolução dos vertebrados.
O diretor da pesquisa publicada pela revista Plos One, Peter Bishop, explica que, além do que se pode deduzir da fratura e da queda, características ósseas e dos vasos sanguíneos sugerem que o espécime teria passado bastante tempo na terra. Essa descoberta pode ter implicações muito importantes para o estudo dos contextos temporais, biogeográficos e fisiológicos na evolução dos vertebrados, cuja história oficial – agora ameaçada – indica que eles migraram da água para a Terra.
Fontes: PlosOne , La Gran Época
Crédito da imagem: P.J. Bishop et al., PLoS ONE 2015